Neste último artigo de 2024, deixo essa singela estória que ouvi de um amigo, durante um evento de confraternização e aqui compartilho para nossa reflexão:
Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele viajava cinqüenta minutos, de ônibus, para ir ao trabalho. No ponto seguinte ao dele entrava uma senhora, que procurava sempre sentar-se à janela. Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus. A cena sempre se repetia e um dia, curioso, o homem lhe perguntou o que jogava pela janela.
– Jogo sementes! – respondeu ela.
– Sementes? Sementes de que?
– De flor. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia. Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom!
– Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos… A senhora acha mesmo que estas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
– Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
– Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água…
– Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva. E se eu não jogar as sementes, aí mesmo é que as flores nunca vão nascer.
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu trabalho. O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava meio caduca.
O tempo passou…
Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada. Muitas flores. A paisagem estava colorida, perfumada, linda. O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
– A velhinha das sementes? Pois é… Morreu de pneumonia no mês passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. Quem diria, as flores brotaram mesmo, pensou. Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda.
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:
– Olha, papai! Que lindo! Quanta flor pela estrada… Como se chamam aquelas flores?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas.
No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso…
(Autor desconhecido)
Essa estória nos diz respeito! Cada um de nós, do Instituto Conversatio, está distribuindo sementes da Paz. E convidamos você a fazer o mesmo, para que, já em 2025, tenhamos um novo caminho, melhor, mais pacífico e feliz!